17/12/2014

OS PIONEIROS


OS PIONEIROS

ANTES DE OISHI

Koji Takamatsu (Academia Spartan Gym); Masahiro Saito (Academia Spartan Gim); Dr. Geraldo Blandi Mota, proprietário da Academia Spartan Gim; Tanaka (Hospital Otávio Mangabeira); Yoichiro Onoka (Academia Spartan Gym); Múcio Magalhães (Academia Spartan Gym); Mário Conceição (Ginásio Acrópole); Walter Andrade (Proprietário do Ginásio Acrópole);

KOJI TAKAMATSU – engenheiro agrônomo chegou à Bahia em 1958, a convite do mestre Masahiro Saito. Ele era 5º Dan em karate, no estilo Wado-Ryu e 2º Dan em judô, ministrou algumas aulas de karatê na Academia Spartan Gym e nos finais de semana fazia demonstrações na Fazenda Santa Bárbara.

MASAHIRO SAITO – engenheiro civil trabalhou em Salvador em 1956 e em 1958 treinou com Koji Takamatsu. Ministrou aulas de judô na Academia Spartan Gym de 1956 a 1960 e em 1960 ministrou aulas de karatê na Academia Spartan Gym. Depois foi contratado pela PETROBRAS.

TANAKA – Foi um agricultor que trabalhava no Hospital Otávio Mangabeira, praticante do estilo SHORIN-RYU, que ensinou alguns fundamentos de karatê ao professor José Monteiro, no ano de 1958. Na época, o professor José Monteiro tinha dez anos de idade.

YOICHIRO ONOKA – 2º Dan em karatê ministrou aulas de karatê no Spartan Gym, veio de São Paulo só para ensinar karatê e ficou apenas três meses na Bahia (1961).

MÚCIO MAGALHÃES – Foi aluno do mestre Masahiro Saito na Academia Spartan Gym. Posteriormente ensinou alguns fundamentos de karatê ao professor Ivo Rangel.

MÁRIO CONCEIÇÃO – Ensinou alguns fundamentos de karate e o primeiro kata aos Mestres Denílson Caribé e Vilobaldo Moraes Pedreira. Praticante de Defesa Pessoal e Jiu-Jitsu foi o introdutor do karatê no Ginásio Acrópole. Aprendeu os primeiros fundamentos de karatê e o primeiro kata com mestre Koji Takamatsu. Sempre que os japoneses, da Colônia de Mata de São João, permitiam, o mestre Mário Conceiçãoia ia até lá para aprender um pouco mais de karate.
“Apenas ensinei alguns fundamentos aos meus alunos de defesa pessoal, porém quem realmente fez o karatê da Bahia chegar ao que é hoje, foi sem dúvida alguma, o mestre Yochiso Machida” - comenta o mestre Mário Conceição.

DEPOIS DE OISHI

No ano de 1967, Oishi deixou a Bahia. A NIHON KARATÊ KYOKAY, associação japonesa de karatê para o estilo SHOTOKAN, representada no Brasil pelos professores Yasutaka Tanaka e Sadamu Uriu, designou uma comissão encarregada de assumir o comando e a responsabilidade pelo ensino do karatê na Bahia. A comissão era composta por três atletas em conjunto. A comissão era formada pelos alunos: DENÍLSON CARIBÉ (faixa marrom), CARLOS ALBERTO COSTA (faixa roxa) e VILOBALDO MORAES PEDREIRA (faixa roxa).
O Denílson Caribé assumiu a ASKABA e o Vilobaldo Moraes Pedreira assumiu o Acrópole.
Em uma aula de kumite, o Roberto Pereira acertou um golpe no rosto de Vilobaldo Moraes Pedreira que quebrou o molar e o maxilar, sendo operado pelo Dr. José Neiva. Por este motivo, Vilobaldo ficou proibido de treinar karate, por seis meses.
Diante desse fato, Denílson Caribé designou Ivo Rangel, na época faixa-verde, para assumir o Ginásio Acrópole. Quando Vilobaldo Moraes Pedreira retornou aos treinamentos, Denílson Caribé o levou para a ASKABA.
Alguns atletas que formaram a primeira geração do karatê na Bahia se destacaram mais que outros. Uns, em campeonatos, outros, como instrutores e administradores do karatê. Hoje eles ostentam os títulos de mestres do karatê na Bahia.
De acordo com os depoimentos de atletas, professores e pessoas ligadas ao karatê na Bahia, os primeiros mestres do karatê na Bahia são: DENILSON CARIBÉ (Falecido), IVO RANGEL DA SILVA, ANTÔNIO ALBERTO ALVES DA FONSECA, RAIMUNDO SANTANA VEIGA, MILTON MUCARZEL LEOVIGILDO e VILOBALDO MORAES PEDREIRA.

DENILSON CARIBÉ DE CASTRO

O Mestre Denílson Caribé Nasceu em 15 de fevereiro de 1940, em Santo Amaro da Purificação, Bahia. Iniciou seus treinamentos em 1961, no ginásio Acrópole, tendo como primeiro professor Mário Conceição e depois Eisuke Oishi. Praticou capoeira, futebol, jiu-jitsu e se identificando mais com o karatê. Fez seu primeiro exame de faixa em janeiro de 1964, na academia Mei-bu-kan, em São Paulo, sendo examinado pelo professor Akira Taniguchi, passando de faixa branca para faixa verde. Neste mesmo ano, no mês de dezembro, foi promovido à faixa roxa e participou do I Torneio Nacional de Karatê. No ano seguinte, voltou a participar de outro torneio do estilo Goju-Ryu, sagrando-se campeão. Em 01 de maio de 1967, foi promovido para faixa marrom e participou de mais um torneio, desta vez na cidade do Rio de Janeiro. Em 23 de novembro de 1967, fundou a ASKABA - Associação de Karatê da Bahia. O seu exame para faixa preta foi feito em Salvador, com o professor Sadamu Uriu, porém este exame foi invalidado pelo Sr. Fauzi Abdala por considerar que Denílson Caribé teria que se submeter a uma banca examinadora e não a uma só pessoa.
Diante deste episódio, Caribé prestou novo exame no Rio de Janeiro, dessa vez com uma banca examinadora composta pelos professores Yasutaka Tanaka, Tetsuma Higachino e Juichi Sagara, obtendo notas superiores às que obteve no primeiro exame com Sadamu Uriu.
Em dezembro de 1969, quando disputou o Primeiro Campeonato Brasileiro Oficial de Karatê, sagrou-se vice-campeão em kumitê e kata. Em 1970, nos Primeiros Jogos de Brasília, foi campeão em kumitê por equipe e vice-campeão individual em kata e kumitê. Nesse mesmo ano conquistou mais um título: o de campeão brasileiro, por equipe. Em 1972, ficou em 5º lugar no II Campeonato Mundial tendo que disputar a última luta com um braço deslocado.
Sua promoção para 4º Dan aconteceu no dia 02 de junho de 1978.
Ao longo de sua vida esportiva, Caribé freqüentou vários cursos de aperfeiçoamento com mestres famosos, como Yasutaka Tanaka, Lirton Monassa, Iroiasu Inoki, Sadamu Uriu, Juichi Sagara, Masathoshi Nakayama, Masahiko Tanaka e tantos outros. Além disso, o mestre Caribé foi fundador da Federação Bahiana de Karatê, instrutor chefe da Nihon Karatê Kiokay, na Bahia e idealizador da Confederação Brasileira de Karatê.
Paralelo à sua vida esportiva, Denílson dedicou-se à pecuária e cafeicultura. Tinha uma empresa de transportes e implantou em Salvador o primeiro restaurante macrobiótico, na Rua do Paraíso. Também colaborou para que o professor de Yoga, De Rose viesse do Rio de Janeiro para a Bahia, na década de setenta. Em todos os setores de sua vida, o mestre Caribé era conceituado como um homem de qualidades excelentes.
Denílson Caribé não é só um dos pilares do karatê da Bahia, como também é um dos seus grandes representantes juntamente com os seus contemporâneos, pois ele se preocupou muito em Interestadualizar o karatê, procurou as federações, as confederações, viajou muito e participou com muita intensidade de todo o processo desse karatê brasileiro. Participava da confederação, participou inclusive da fundação da Federação Baiana e nessa época, normalmente estavam neste trabalho todos os seus alunos mais ativos. A equipe era formada por Denílson Caribé, Ivo Rangel, Alberto Fonseca, Lázaro Gagliano, Cláudio Mascarenhas, Luís Sérgio Souza, Jocelin Ribeiro dos Santos. Na realidade, Denílson Caribé liderou uma equipe que fez com que o karatê tivesse essa projeção que tem hoje. Independente desses tinha também os seus irmãos, como Dorival Caribé, um dos melhores lutadores do mundo na sua época e Dalmar Caribé que é muito técnico, passou uma temporada no Japão e é também uma pessoa muito ligada a filosofia. O falecimento de Denílson deixou uma lacuna muito grande no karatê da Bahia, porque ele tinha uma relação muito grande com os mestres, e era muito respeitado no Brasil inteiro.
Na Bahia não há como falar em karatê sem falar na ASKABA e na família Caribé. A partir do momento em que Denílson Caribé se empenhou na luta para engrandecer e divulgar o karatê baiano, sua família não ficou apática ao seu dinamismo, partindo dela seu maior incentivo para que ele alcançasse esse objetivo. Da família composta de doze irmãos, nove homens e três mulheres, cinco deles dedicaram-se ao karatê, atingiram a faixa preta e conseguiram levar o nome do Karatê da Bahia ao Brasil e ao exterior e até hoje esses nomes são lembrados com respeito por grandes mestres que tiveram oportunidade de conviver com eles em eventos nacionais e internacionais. São eles Denílson, Dorival, Dalmar, Décio e Djalma.
No dia 23 de outubro de 1985, perto da cidade de Vitória da Conquista, em um acidente de carro, ele nos deixou em matéria, porém permanece vivo até hoje em nossos corações.
Foi homenageado post mortem pela Confederação Brasileira de Karatê com o título de “Patrono do Karatê Brasileiro”, em reconhecimento ao importante trabalho por ele desenvolvido.

IVO RANGEL

Em 1963, no Spartan Gym, conheceu o karatê através do instrutor Múcio Magalhães, aluno do engenheiro japonês Masahiro Saito radicado na Bahia. Nessa época, Ivo Rangel trabalhava na PETROBRÁS como laboratorista de análises petrofísicas e estudava a noite. Ivo Rangel começou a treinar karatê com Múcio Magalhães. Com a chegada do japonês Eisuke Oishi a Bahia, Múcio Magalhães resolveu levar Ivo Rangel para treinar no Acrópole com Oishi. Porém em 1964, jovem e insaciavelmente curioso, iniciou-se também no judô, comandado pelo competentíssimo Kazuo Yoshida. Em 1965, quando estava treinando judô, um dos seus companheiros do karatê, Lázaro Gagliano, foi chamá-lo a convite de Oishi, para participar do primeiro torneio nacional de karatê, que seria realizado no Estado de São Paulo, pois Oishi queria levar uma seleção forte. Esta nova motivação o trouxe de volta para o karatê de onde nunca mais se afastou.
No início do ano de 1968, o professor Sadamu Uriu veio residir na Bahia, tornando-se um bom amigo de Ivo Rangel. Naquela época a Bahia começou a brilhar nos campeonatos nacionais e as equipes eram formadas por cinco integrantes, sendo que até 1970, eram titulares absolutos da equipe de kata: Ivo Rangel, Denílson Caribé, Alberto Fonseca, Dalmar Caribé e Ivan Palma. No kumitê, até 1970, a equipe base era formada por Alberto Fonseca, Jocelin Ribeiro, Ivo Rangel, José Guilherme Sabonetão e os irmãos Caribé, Denílson, Dorival e Dalmar; todos de excelente qualidade técnica.
Após aquele campeonato (1970), o professor Sadamu Uriu decidiu voltar para o Rio de Janeiro e entregou a direção técnica do Acrópole e da Escola Superior de Arquitetura a Ivo Rangel.
Da Escola Superior de Arquitetura, emergiram dois competentíssimos atletas, dentre os principais pilares de sustentação do karatê baiano: Roberto Barreto Pereira e Antonio Souto Aderne.
Este último, inclusive, foi por várias vezes capitão da Seleção Brasileira e campeão pan-americano.
No Acrópole, Ivo Rangel constituiu sua dinastia, sendo que dentre aqueles que as mais gloriosas vitórias trouxeram, encontravam-se: Zé Mendes, Valdomiro Santos, Nigro Santana, Rafael Ribeiro, Hormínio Santos Filho, Dorival Daniel, Carlos Rangel Junior, Ubirajara Rangel, Silvio Lopes, Pedro Rocha, Damiana Sales, Rita de Cássia, Diana Peixoto, Laudicea Oliveira, Noelia Brito, Claudia Cristina e Nohama Viana.
Foram vinte e um anos de Acrópole, cujos círculos se estendem até o interior, nas cidades de Jacobina, com Wilson Santos (Santo Antônio de Jesus), Geovani Mariel (Ibicaraí), Paulo Abrantes e mais além como Irecê, Xique-Xique, Itapetinga, Itarantim, Itamaraju, Eunapólis, Conquista, Jequié e tantas outras cidades, sendo que algumas delas, hoje, fazem parte da Federação de Karatê Interestilos. Outra tarefa memorável foi à criação da Confederação Brasileira de Karatê, na qual o Mestre Ivo Rangel representou alguns Estados do Nordeste, pois sua fama já se espalhava pelo Brasil e, em especial, nessa região.
Considerado um dos mais intelectualizados do karatê brasileiro em atividade, inclusive com livros, de boa qualidade, escritos, artigos semanais em jornais e revistas de circulação nacional, o Mestre Ivo Rangel, paralelamente também concluía o curso de Direito, mas sem se descuidar do karatê. Assumiu assim, pelas conquistas estaduais, o comando da Seleção baiana, conquistando tantos títulos que seu nome faz-se necessário à Seleção Brasileira. Dessa experiência, vieram títulos para o Brasil, de campeão Sul-americano, Pan-americano e mundial, trazidos pelos atletas que integravam a seleção verde e amarela. Enumerar títulos é demorado e cansativo, mas o Mestre Ivo Rangel considera como memoráveis as campanhas de Fukuoka e quatro anos após, já como integrante da Confederação de Karatê Interestilos do Brasil, o de Yokahama, as participações em Luanda, na África, onde o Brasil sagrou-se campeão internacional e o 4º lugar em kumite por equipe, em Granada, no campeonato mundial realizado na Espanha.
Sobre sua passagem para o karatê Interestilos, inclusive criado e lançado no mundo pelo Brasil, relata que foi uma ideia que deu mais certo do que esperava, principalmente porque separava o “joio” do “trigo”.
Ivo Rangel da Silva, 9º DAN, atualmente é Diretor Técnico da Confederação Brasileira de Karatê Interestilos, fundador da Associação dos Faixas-Pretas de Karatê da Bahia, tendo sido o seu primeiro presidente. Delegado da ShotoKan Karatê International, na Bahia, Diretor Jurídico da Federação Bahiana de Pugilismo, ex-colaborador das colunas de Karatê dos Jornais A TARDE e Artes Marciais, do Jornal Bahia Hoje, além do Programa Bate Bola da TV Aratu, comandado por Eliseu Godoy.
Dentre os seus mais recentes trabalhos, destacam-se: A implantação do karate como disciplina da Escola Superior de Educação Física, na Universidade Católica do salvador (UCsal) e também primeiro professor a ministrar aulas no karate universitário católico (UCsal). Introdutor da Karate Interestilos no JOCOPAR – Jogos das Escolas Particulares, unindo desta forma atletas de várias federações de karate nesta competição, anteriormente fechada a uma única federação.
Em 2001, através de ofício com exposição à Secretaria de Educação do estado da Bahia, fundamentando os benefícios do karate na formação disciplinar da juventude conseguiu a inclusão deste esporte, como matéria da área de Educação Física, sob Código 092, para os alunos do 1° e 2º graus das escolas da rede pública e particular de ensino, além da inclusão do karate nas Olimpíadas Baianas da Primavera, tendo sido designado pelo Secretário de Educação, o senhor Eraldo Tinoco, como coordenador desta modalidade. Atualmente, 2002, se transferiram para a Confederação de Karate Interestilos do Brasil – CBKI, filiada à WKC, pois esta entidade proporciona melhores opções internacionais para os atletas baianos.

ALBERTO FONSECA

Antônio Alberto Alves da Fonseca, faixa-preta 6º Dan, natural de Ilhéus, iniciou no karatê em 02 de fevereiro de 1965, formado em Educação Física pela Universidade Católica da Bahia.
Praticou Capoeira antes de se dedicar ao karatê, o qual prática há muitos anos. Por duas vezes foi campeão do torneio Nacional da Nihon karatê, na modalidade kata e obteve o 4º lugar em jyu kumitê no campeonato Brasileiro realizado na Bahia. Ele foi campeão brasileiro por equipe e várias vezes e campeão baiano de Jyu Kumitê e kata. Faz parte do quadro de Examinadores da Federação Bahiana de karatê e é membro da sua banca examinadora da Confederação Brasileira de Karate.

RAIMUNDO VEIGA

Raimundo Santana Veiga, 6º Dan, iniciou no karatê no dia 05 de março de 1965, no Ginásio Acrópole, membro efetivo do Conselho Técnico, do Quadro de Árbitros e do Quadro de Examinadores da Federação Bahiana de Karatê. Participou de várias delegações da FBK como delegado, foi vice-campeão do I Torneio/ASKABA no ano de 1968, e Campeão no II Torneio/ASKABA no ano de 1969, na categoria de adulto, modalidade “Kata”, destacou-se em vários campeonatos sempre na modalidade “Kata”, foi Diretor Técnico e também Vice-presidente da FBK. Fez diversos cursos de aperfeiçoamento tanto a nível nacional como internacional. Iniciou como “monitor” na ASKABA, desde a sua fundação e foi “instrutor” no período de 23/11/67 a 31/01/1976. Fundou o CLUBE DE KARATÊ DA PITUBA, onde foi Instrutor Chefe. Pelas orientações do Professor Veiga já passou mais de cinco mil alunos.

MILTON MUCARZEL LEOVIGILDO

Milton Mucarzel Leovigildo iniciou no karatê em 1964, 6º Dan é membro efetivo do Conselho Técnico, do Quadro de Árbitros e membro do Quadro de Examinadores da Federação Bahiana de Karatê e da Confederação Brasileira de Karate.

VILOBALDO MORAES

Vilobaldo Moraes Pedreira, 6º Dan. Iniciou os seus treinamentos no ano de 1961, no Ginásio Acrópole. É membro efetivo do Conselho Técnico, do Quadro de Árbitros e do Quadro de Examinadores da Federação Bahiana de Karatê.
Foi terceiro colocado no primeiro torneio realizado em solo baiano, em 1967 no Clube Bahiano de Tenis. Vice-campeão do I Torneio/ASKABA no ano de 1968 e vice-campeão no II Torneio/ASKABA no ano de 1969, todos na modalidade Kumitê. Foi integrante da seleção baiana em vários campeonatos brasileiros, participou de inúmeras demonstrações. Seu primeiro professor foi Mário Conceição e posteriormente Denílson Caribé, Eisuke Oishi, Ysautaka Tanaka, Lirton Monassa e Yoshizo Machida. Fez diversos cursos de aperfeiçoamento de karatê. Lecionou no Clube Acrópole e na cidade de Feira de Santana no clube social Feira Karatê Clube, sendo um dos introdutores de karatê na região do Recôncavo Baiano.

SADAMU URIU

Sadamu Uriu praticante do estilo SHOTOKAN, 4º Dan, na época, foi trazido para a Bahia por Denílson Caribé, com o apoio de Yasutaka Tanaka, em 1968, e ficou aqui até 1970.

YOSHIZO MACHIDA

Yoshizo Machida, praticante do estilo SHOTOKAN, chegou ao Brasil no dia 05 de abril de 1968. Ficou residindo em Belém do Pará. Engenheiro civil veio como funcionário do governo japonês para desenvolver projetos de loteamentos e construções de pontes para a colônia japonesa que vivia na região da floresta Amazônica. Em 1969, saiu da empresa japonesa e foi lecionar karatê na Associação Paraense de Judô.
No ano de 1970, Machida veio para a Bahia atendendo a um convite de Denílson Caribé, para passar uns dias aqui. Gostou muito da Bahia e resolveu permanecer. Com sua presença, o karatê na Bahia desenvolveu bastante. Esse convite foi feito no Torneio Internacional da Nihon Karatê Kiokay, realizado em Brasília. Nessa competição Machida sagrou-se campeão em Kata e Kumite. Machida e Denílson organizaram o karatê na Bahia e fundaram vinte e seis academias. Juntamente com Machida veio o professor Shimada, que ficou três meses na Bahia passeando e depois, a convite de Watanabe, foi para o Rio Grande do Sul.
Dez anos depois, um aluno de Machida, paraense, convidou-o para voltar ao Pará, para trabalhar na agricultura. Ele aceitou. Atualmente (2002), Machida continua no Pará onde possui uma academia de karatê e desenvolve um excelente trabalho juntamente com os seus três filhos.
Também vieram à Bahia para dar cursos os mestres japoneses: Yoshihaku Osaka, Masahiko Tanaka, Massatoshi Nakayama, Shimada, Tetsuiko Asai, Teruyuki Okasaki, Yokomichi e o nissei (brasileiro) Takashi Shimo, Juichi Sagara, Iasutaka Tanaka, Iroiashi Inoki.

MESTRES BAIANOS DA SEGUNDA E TERCEIRA GERAÇÃO DO KARATE

Adelmo Castro
Almir Aleluia
Álvaro Gonzaga
Amanda Bacelar Pires
Antônio Batista (falecido)
Antônio Freitas (mão-de-ferro)
Antônio Souto Aderne
Aroldo Mulcino
Arthur Rego
Azer Fernandes
Carlos Alber Fonseca
Carlos Rangel Jr.
Carlos Santana
Catarino da Costa Oliveira
Clecio Marback
Dalmar Caribé
Daniel Dorival
Décio Caribe de Castro
Djalma Caribé
Derivaldo Oliveira dos Santos
Dorival Caribé
Dorival Daniel
Eckener Cardoso
Enobaldo Ataíde
Evaldo Sucupira
Gilmar Seixas Xavier
Isaias Brito
Jamil Araújo
Joan Brito Lemos
João Crispim Ramos
João Gomes
João Luís
Jorge Contreiras
José Alves dos Santos (Zé karate)
José Mendes
José Monteiro
José Rebouças de Azevedo
José Ubiratan Bezerra
Jotaécio Gomes
Júlio Gusmão
Lindolfo Barbosa
Luís Sérgio Souza
Luiz Viana
Manoel Pena Cal
Marco Antônio de Carvalho Monteiro
Marcos Lourenço
Marcos Menezes
Mirlano Luís
Moacir Aquino
Nelson Daltro
Otávio Gomes
Paulo Barttiloti
Pedro Rocha
Renato Pereira
Ricardo Augusto Freitas
Richard Rizzo Braga
Roberto Ruy Bomfim
Sérgio Bastos
Sérgio Marinho
Sérgio Matos
Silvio Lopes
Temístocles Saldanha
Ubirajara Rangel
Valmir de Lima Santana
Vicente Puonzo
Waldir Silva